sexta-feira, 27 de abril de 2018

KD ?

Onde estão os compositores? Cadê as músicas de Chico Franco,compositor de lindas letras e canções. Cadê as músicas do Rômulo Rás? Cadê as letras psicológicas de Julio Sartori? Cadê as canções de  João Roberto? Cadê Ronivaldo? Cadê a banda Calk? E o Infocus e Souldusamba com músicas novas, próprias? Cadê as músicas inspiradíssimas de Isa Lelis? Cadê as composições originais de Daniel Bahia? Cadê os arranjos muito bem bolados de André e João Freitas? Cadê as canções próprias do Josagno? Cadê Elcimar? Cadê as próprias de Livvia Bicalho? Cadê as autorais? Cadê as músicas de Dan e Duca? Cadê mais coisas de Markus Câmara? Cadê Mauro Martins? Cadê as composições e interpretações incríveis de Cilla Cordelli? Cadê eu também? Será que todos se cansaram e pararam de compor? 
PENSANDO MONLEVADE
Há algum tempo atrás, criei um grupo no facebook chamado PENSANDO ALVINÓPOLIS. Foi um sucesso incrível, gerando um tráfego muito positivo de ideias e debates construtivos. Depois criei o PENSANDO FONSECA no distrito Alvinopolense. Também um sucesso, congregando os moradores da quase cidade. Então pensei comigo: puxa vida! Quem sabe um PENSANDO MONLEVADE? Mas tinha de ser em parceria com monlevadenses, pois embora eu goste e admire muito a cidade, não conheço as minúcias e os sentimentos dos que realmente fizeram a vida na cidade. Convidei em princípio a amiga Sheila Malta, que gosta muito da convivência virtual, principalmente dos assuntos culturais.  Com um dia apenas de existência, mais de 500 membros e uma resenha muito boa. A propósito, estão todos convidados.
HINO DE MONLEVADE MERECE SER GRAVADO DIREITO
Embora seja um dos hinos mais lindos de cidades que já conheci, merece uma gravação à altura de João Monlevade. Quando ainda residia em João Monlevade, tentamos viabilizar um projeto de gravação do hino. Chegamos a contatar um arranjador, fizemos até partitura, providenciei uma simulação eletrônica, mas infelizmente na época houve uma contenção de gastos e não conseguimos levar adiante, para minha grande tristeza. Mas está sempre em tempo. A gravação que existe foi feita há muitos anos atrás e carece uma atualização. Quando em cerimônias cívicas são executados os hinos nacional e de Monlevade, é gritante a diferença de qualidade. Autoridades municipais: o hino merece uma gravação à altura da grandeza da cidade.
JEAN MONLEVADE - ROMANCEADO E HISTÓRICO
Tive a oportunidade de ler os livros do Jairo Martins e do Erivelton Braz sobre o fundador da cidade. Gostei muito. Tudo muito honesto pois os autores sempre deixaram claro que tratavam-se de romances históricos baseados em fatos reais.. Não li o livro do Afonso Jr, mas pelas informações que obtive é um livro mais realista, com muitos dados históricos e citações que dão sustentação ao trabalho de pesquisa do autor. Acompanho também com muita atenção os textos do Fernando Garcia à respeito. Ele tem um ponto de vista muito interessante Ele diversifica esses pontos de vista a partir da visão dos trabalhadores que levaram a cabo o trabalho pesado, dos índios, das históricas centrais e paralelas. De qualquer maneira, a saga é muito rica. Se os produtores da Netflix tivessem acesso, podia dar algumas boas mini-séries. Conteúdo e aventuras é que não faltam.

ENTREVISTAS
Pasmem: muitos artistas e autoridades não querem ser entrevistados. Alguns não se dão ao trabalho nem dar um feedback. Vida que segue...

sexta-feira, 20 de abril de 2018

NOTÍCIAS DA MEDIOPIRA...


Maíra Baldaia é a artista do Médio Piracicaba mais badalada dos últimos anos. Seu disco de estréia foi muito elogiado pela mídia, seu show correu mundo, enfim, Minas Gerais vem se curvando ao talento da excepcional cantautora. E para coroar  esse sucesso, ela conseguiu o dinheiro para a gravação do seu DVD  através do crowdfunding  da Catarse. A luta para alcançar a meta foi emocionante. Se não chegasse ao valor estipulado poderia perder tudo. Mas ela conseguiu nos últimos minutos o necessário. Além do talento, Maíra tem uma garra impressionante e grande força de vontade, qualidades essenciais para quem quer ter sucesso na vida, sendo artista ou não.
BOAS NOTÍCIAS
Vejo como positivas as aberturas de dois palcos importantes da região para a música popular. Em São Gonçalo do Rio Abaixo vai ter show com a dupla sertaneja Ramon e Rafael. E no Anfiteatro do Centro Educacional de João Monlevade vai ter show da banda Infocus, que fez muito sucesso na região e fará um revival muito legal. Shows em teatros são muito legais. É uma outra atitude do público, que pode curtir o show, as músicas, com uma qualidade sonora muito melhor, visual, atenção, tudo. Pros artistas também é uma experiência sempre positiva. Parabéns a secretaria de cultura de São Gonçalo e ao pessoal do Centro Educacional por abrirem para a diversidade. Importante inclusive para educar o público, criar hábito. 
Livro Dicionario de Alvinopolês
Está em fase de elaboração em Alvinópolis o "DICIONÁRIO DE ALVINOPOLÊS", um livro com palavras que  gerações vem falando há séculos na cidade, que são passadas de pai pra filho, que fazem parte da cultura Alvinopolense desde sempre. Será um livro para quem deseja entender ou compreender o dialeto falado na cidade. O livro vai inventariar, brincar com essas palavras que fazem parte da alma profunda da cidade, nomes de lugarejos, ruas, bairros e distritos.



Festiaço III
Ultimamente tenho conversado com alguns monlevadenses sobre a ideia de fazer o FESTIAÇO em Monlevade. Os Festiaços no passado foram grandes acontecimentos, inclusive com shows de Roberto Carlos e outros artistas famosos, com grande investimento por parte do poder público e da cidade como um todo. Os Festivais que aconteciam no Grêmio também eram grandiosos. Havia um público enorme e artistas de alto nivel. Durante o Governo Prandini também aconteceu um Festiaço que foi excelente. Vieram artistas de várias cidades e foi uma festa muito bonita. Inclusive teve uma coisa pioneira: foi transmitido pela internet para todo o território nacional. Agora, algumas conversas vem acontecendo no sentido de se fazer um novo FESTIAÇO.  Tomara que evolua.
ARTISTAS SEM PALCO
Os festivais são muito importantes para revelar novos artistas, novos compositores e intérpretes. Cada festival envolve no mínimo 200 músicos, além de educar o público para as novidades, de abrir as mentes para a poesia e para as boas letras.
PREFEITOS, FAÇAM FESTIVAIS!
Volto a sugerir aos amigos prefeitos da região: FAÇAM FESTIVAIS DE MÚSICA. Eu sei que é mais fácil contratar um som, um DJ, uma dupla sertaneja e que o povão se satisfaz com pouco. Mas se for pra investir em cultura mesmo e oportunizar os artistas, façam festivais de música autoral, abram espaços para que a nova música surja, façam cultura, pelo amor de Deus e por amor à arte.
ROCK PIRA TAMBÉM DEVERIA VOLTAR
Foi o maior Festival de Rock da região em muitos anos. Trouxe a Rio Piracicaba atrações sensacionais, como o mítico guitarrista português Phill Mendes, que em Portugal é conhecido como Phill Mendrix. Trouxe ainda bandas como Apolium, República dos Anjos e foi em uma das edições que surgiu a banda Pato Fu. Quem sabe não esteja na hora de um Rock Pira novinho em folha? Olha aí seu prefeito de Rio Piracicaba: topa a parada? Vamos fazer?
O ROCK NÃO MORREU. SÓ TÁ DANDO UM COCHILO.
Basta que os produtores resolverem que a tribo volta a se reunir. O Rock é expressão de uma geração, é rebeldia, é sonoridade, musicalidade altíssima. Vamos acordar dessa letargia com solos de guitarra,  bateras e baixos treme terra e vocalistas que botam pra fuder. O rock não morre. E se morrer renasce das trevas, que nem fenix. 
NEM SÓ DE VOTO VIVE O HOMEM
Os políticos tem essa tendência em pensar o mundo sob a ótica do voto e isso praticamente exclui a arte. Vc não vê a arte eleger ninguém. Mas é algo tão necessário como comer, beber, fazer sexo ou respirar. A humanidade sem arte e sem cultura fica acéfala, sem alma, sem sensibilidade.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

NOVOS TEMPLOS

Enquanto isso na fila do banco...

- Paulinho...que bom te encontrar aqui...tudo tranquilo?
- Tudo beleza. Fora a paradeira né?
- Ah... mas vai melhorar... piorar não tem jeito.
- Mas aqui ...o que você vai fazer hoje à noite?
- Estou pensando em ir a um showzinho que vai rolar. Uma banda nova. Disseram-me que é muito boa.
- É mesmo? Ih rapaz ...eu ia te convidar pra ver um show lá em casa.
- Como assim um show em sua casa?
- É o seguinte. Eu comprei uma TV de LED daquelas de 70 polegadas. Uma parede inteira da minha sala. E descolei uns sites que a gente tem vários shows ao vivo. A gente pode escolher.
- Que barato. Mas e o som?
- você não faz ideia. A gente ouve até a respiração dos caras. Parece que a gente tá lá. E de graça ...sem pagar ingresso.
- É mesmo? Mas sei lá...eu queria ver o jogo do Cruzeiro mais tarde.
- Não tem problema. Na hora do jogo quem quiser assiste. Tem outro ambiente e o pessoal pode curtir os games. Vai ser legal.
- Sei lá...
- Vai lá, sô. Eu convidei também uns amigos...vai ser legal.
- Vai rolar uma baladinha depois? Vai ter umas biritas?
- É claro. E uma música da hora também...
- Quer que eu leve alguns CDS?
- Não precisa. A música a gente pega em streaming na hora. Tem programação pra tudo, todo tipo de música. E de graça.
- Legal ... mas sei lá...
- Sei lá o que, home?  Pense bem. Sem fila, sem gente suada e esquisita, sem músicas que a gente não gosta e com toda segurança. Vamos lá, sô.
- Tá certo. Tenho de levar alguma coisa? Bebidas? Algum ingrediente pra gente fazer um tira-gosto?
- Não precisa se preocupar. Não vamos mexer com cozinha, essas coisas.  Já tenho um bocado de coisas prontas. A gente esquenta no micro-ondas e tá tudo certo.
- Ok. Mas pelo menos a gente vai dançar um pouco né?  Você diz que vai ter uns amigos?
- Mas é claro. Eu tenho uns óculos de imersão que você vai pirar. Você coloca os óculos e quando abre os olhos, está numa pista estribada dançando com várias pessoas bacanas. É uma experiência muito boa.
- Sei... mas aqui... imagine que uma das meninas que vai na festa gosta de mim. Eu vou poder dar uns amasso né?
- Você vai fazer melhor. Se você e essa menina quiserem, poderão colocar os óculos e transar virtualmente no alto do Himaláia, no alto das pirâmides do Egito, no centro de um vulcão.
-Virtualmente? 
- Sim. Mas o erotismo é o mesmo. E a menina não engravida. Orgasmo garantido e sem  contraindicações.
- Tá certo.
- Tá topado então? Posso contar com você?
- A ideia é tentadora. Mas vou pro show da bandinha nova mesmo. Vou aproveitar, pois pode ser que no futuro não tenhamos mais artistas feitos de carne, osso e emoção.  Teremos aparatos tecnológicos até pra limpar nossas bundas. 

 OBS - Como diz meu amigo Cristiano Salazar, a tecnologia tá evoluindo tanto, que daqui há algum tempo não precisaremos mais de gente.



MARCOS MARTINO PRODUÇÕES
(031) - 988151041
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quinta-feira, 5 de abril de 2018

ISSO DÁ VOTO?


Existe um pensamento disseminado de que os políticos não gostam de cultura e saneamento por que não dão votos. Obras de saneamento são essenciais, representam mais saúde e qualidade de vida. Mas ficam debaixo da terra, ninguém vê, não dão votos. O mesmo acontece com a arte e com a cultura porque não são do gosto das grandes massas. O povão acha que cultura e arte são coisas das zelites. Prefere as festas populares regadas a cerveja, churrasco e música sertaneja. O famoso pão e circo.

MAQUIAVEL E OS NOSSOS POLÍTICOS

Toda vez que aparecem pessoas com projetos culturais, os gestores políticos fazem a seguinte pergunta: isso dá voto? Tudo muito instintivo. Todos protegendo os seus empregos e a longevidade do grupo no poder. Preferível investir em eventos populares. O povo quer festas e não festivais.

CULTURA PARECE SER PÉSSIMA PLATAFORMA ELEITORAL

Você alguma vez já viu político que tivesse a cultura como bandeira? Conhece algum candidato que defende a arte? Eu me lembro da Lutécia em João Monlevade e mais alguns gatos pingados. E por incrível que pareça artistas não votam em artistas. Preferem votar no Zé das Couves mas não votam nos colegas artistas. Também devem achar que todo artista é vagabundo.

CULTURA COVER

Prefiro artistas que fazem diferente dos originais. A maioria gosta de conferir se o guitarrista toca o solo original igualzinho, se o vocalista chega nos agudos do original. Eu já prefiro artistas que recriam a criações. Mas fazer o que? De covers dos Beatles devemos ter mais de 300 bandas só no Brasil. E ultimamente tem aparecido um monte de Pinks Floyds.

E AS NOVAS MÚSICAS?

As rádios continuam resistentes às novidades. Poucas tocam artistas novos. Tocam aquilo que é sucesso, as mais tocadas nas paradas nacionais, geralmente sertanejas, funk, pagode, internacionais. Que eu saiba, não existe em nossa região nenhum programa de rádio dedicado aos artistas da região. Tudo bem que a galera hoje tem o recurso da internet, mas o acesso às mídias de massa inexistem.

FESTIVAIS DE MÚSICA? ISSO DÁ VOTO?

Os Festivais de música autoral são fantásticos laboratórios de criatividade. Permitem a participação de um grande número de cantores, compositores, músicos e poetas. Será que as secretarias de cultura e fundações não se sensibilizam com a essa falta de palco para os artistas mais novos? O problema é a perguntinha: isso dá voto? E tem outra coisa. O povo precisa ser reeducado, pois perdeu o hábito de ir a shows pra ouvir boa música. Hoje as pessoas vão pra se divertir e protagonizar. Hoje em dia o povo chega e comenta: - que coisa chata. Devia ter músicas conhecidas, de repente um sertanejo, um funk, um pagode, um batidão.

CONCLUSÃO

O negócio é criar eventos transversais, alternativos, que possam ser construídos à margem da oficialidade, buscando parceiros afinados, criando maneiras alternativas de financiamento, como os crowdfundings por exemplo ( vakinhas virtuais) e outros processos. Agora, não custa nada prospectar também junto aos poderes. É só vc ter alguma resposta pra velha pergunta. Se garantir pelo menos uns votinhos, pode até ser...