sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A DURA REALIDADE DA MÚSICA BRASILEIRA

A cultura brasileira borbulhou durante o carnaval, mas e agora? O que teremos pela frente?
SAMBA VAI SAINDO DE CENA DEVAGARINHO
Durante o carnaval, o gênero que mais identifica o Brasil no exterior voltou a reinar. Durante uns 15 dias as escolas ensinaram samba e desfilaram orgulhosas, celebrando a glória centenária desse estilo que tem raízes africanas e temperos tão brasileiros. Mas depois do carnaval, sai de cena e fica mais nos guetos.
SERTANEJO VOLTA A IMPERAR
Passada a folia, silenciados os tambores, volta a sofrência nossa de cada dia. O gênero sertanejo vem ocupando todos os espaços entre as músicas mais executadas no pais, com pouca possibilidade de mudança nessa tendência no curto prazo.
FUNK EM SEGUNDO LUGAR
O Batidão promete ser o único gênero a arranhar a supremacia sertaneja. Anitta lançando um clip por mês vai vitaminando o mundo funk. Embora que Anitta investe em outras batidas latinas, como o Reggaton por exemplo. Mas a produção em série, o mercado dos funks é gigantesco. Outros heróis como Toddynho aparecendo...
ROCK NO UNDERGROUND
Parece que a roqueirada nova prefere permanecer no underground. Não vemos tentativas de erigir hits. Sabe aquelas músicas grudentas, com refrões pegajosos e letras pequenas? Sabe aquela irreverência de outros tempos? Sei lá. O rock ficou triste, depressivo, sem apetite pop. Sobrevive dos covers das bandas do passado.
MPB VOLTANDO COM FORÇA?
Venho lendo ultimamente algumas previsões otimistas sobre a MPB. Há quem diga que deve voltar com força pois a juventude está mais reflexiva e exigente quanto aos conteúdos. Será? Tomara. Estamos mesmo precisando de sustância, de um pouco mais de poesia no cotidiano.
MEU CORAÇÃO NÃO SE CANSA DE TER ESPERANÇAS
Há pouco tempo tive acesso a uma pesquisa de opinião que me jogou na lona. Foi uma pesquisa política feita na região do médio piracicaba. Nessa pesquisa entre várias, foi feita uma pergunta simples: qual você acha ser o assunto que merece mais atenção por parte dos administradores municipais? E a cultura recebeu 1% dos votos. Ficou em último lugar. Mas querem saber de uma coisa? Fazer com que a arte e a cultura passem a ser percebidos como ativos importantes para a nossa gente, depende principalmente da disposição dos agentes culturais, dos artistas e simpatizantes. Precisamos aprender a botar banca, a nos unirmos em torno das afinidades. Por exemplo: a cultura não consegue fazer um vereador, um deputado que seja. Você se lembra de algum político que se elegeu tendo a cultura como bandeira? Pois é. Falta uma coisa chamada representatividade. Mas tá sempre em tempo.  Bora fazer barulho?