sexta-feira, 31 de agosto de 2018

OS COVEIROS DA MÚSICA

COVER MANIA 
Há tantas bandas covers no mundo, tanto artesanato, que tá faltando lugar para os trabalhos originais. Os donos dos espaços e até o público só querem saber das covers.


"AH, NÓS NÃO CONTRATAMOS BANDAS AUTORAIS, POIS O PESSOAL SÓ GOSTA DE COVERS".
Os bares e espaços de shows só contratam covers. E tem trocentas bandas fazendo covers dos Beatles, Legião Urbana, Stones, Creedance, U2, Pink FLoyd também tem um monte. Contratar autorais nem pensar, pois não dá lucro.


"AH, NÓS SÓ GOSTAMOS DE LUGARES QUE TOCAM MÚSICAS DESCONHECIDAS".


Desconhecidas para quem tem preguiça mental. Só vc procurar na internet que vai encontrar as músicas autorais dos artistas.  Ouça, entre no clima, depois vá curtir o som da banda e cante junto com ela

AUTORAIS OU A MORTE...
Com todo respeito aos covers,  mas sem autorais ficaremos escravos do passado, enclausurados numa capsula retrô, num looping que toca sempre as mesmas coisas, repete sempre os mesmos solos. Que me perdoem os indianos, mas nem tudo é mantra.

CADÊ OS FESTIVAIS AUTORAIS?
O pessoal de repente parou de fazer festivais. Antigamente havia em quase todas as cidades. Havia uma saudável mistura entre artistas amadores e profissionais, letras muito boas, intérpretes novos, oxigênio, músicos pelas ruas, pequenas serenatas diurnas. Hoje que eu saiba, perto da gente só tem festival em Alvinópolis e Rio Casca. Mesmo assim Alvinópolis até hoje não anunciou seu festival, para tristeza da classe artística da região. Com isso tem pouca gente compondo, pouquíssima renovação, poucos se arriscam a criar, pois não existem vitrines pra fruição.

"AH, NÓS NÃO GOSTAMOS DESSES FESTIVAIS DE MÚSICA...SÓ TEM MÚSICAS QUE A GENTE NÃO CONHECE".
Não conhecem por preguiça intelectual. Qualquer festival hoje em dia tem muita informação paralela. Com certeza dá pra vc conhecer todas as músicas, os artistas e torcer pela música com que vc se identificar. Não é todo evento que é feito pra zuar, tomar todas e paquerar. você pode até se divertir também. Mas será que não cabe um pouco de curiosidade intelectual? Um pouco de arte e cultura?
COMER, BEBER, BEIJAR NA BOCA, TRANSAR,  PROCRIAR E PRODUZIR
Será que vivemos só pra isso? Será que as pessoas só saem de casa pra isso? Será que só isso nos motiva? Me desculpem o palavreado, mas que merdas de seres racionais somos que só nos guiamos apenas pelas necessidades  fisiológicas.
U QUE FAZER ?
Eu não sou contra os covers. São meios de vida pra muita gente e a demanda é real. Eu particularmente dou muito mais s valor às bandas que tocam músicas dos outros de um jeito próprio. A Banda Monlevadense INFOCUS gravou "U QUE FAZER do LSJACK". Ficou melhor. Ai eu dou moral. Mas tem bandas que tentam imitar. Grande parte do público também prefere assim. Tem bandas que se vestem igualzinho, tentam ficar idênticos, tipo aqueles cosplays de heróis japoneses.  Teve uma banda cover do U2 cujo empresário tinha a cara de pau de anunciar que era melhor que a original. 


sexta-feira, 24 de agosto de 2018

ENTREVISTA COM MARIANA VASCONCELOS, BIKINI FITNESS 2018


O MEDIOPIRA dessa semana foi conversar com Mariana Vasconcelos. Para quem não sabe, Mariana é campeã mineira de Bikini Fitness, competindo com atletas de todo o estado. João Monlevade parece estar se tornando um centro de formação de atletas de alta performance, principalmente adeptos do fisiculturismo e do universo fitness. Só quem convive com essas pessoas pra ter uma noção da vida de sacrifícios e treinamento pesado para que possam esculpir os próprios corpos, o que pra mim é uma especialíssima arte. Mas vamos à entrevista.

MEDIOPIRA - Como você despertou para o fisiculturismo? Quando é que percebeu que seria este o seu caminho? Alguém à inspirou?

MARIANA VASCONCELOS - O fisiculturismo sempre foi um sonho para mim. E esse caminho a ser percorrido aconteceu logo quando vi o campeonato em que meu marido participou. Na platéia, ao ver os atletas subirem ao palco e mostrar todo o seu trabalho, me arrepiava, eu tremia de tanta emoção.. eu queria estar lá. Senti que ali no palco era o meu lugar.

MEDIOPIRA - Você é professora de educação física? Qual a sua formação na área?

MARIANA - Sou formada em Educação Física. Tenho vários cursos em minha área: sendo eles fitdance, zumba, salvatagem, cursos na àrea de ginastica laboral.

MEDIOPIRA - Como é que funciona esse concurso que você venceu, o Bikini Fitness? Como foi?

MARIANA - O campeonato funciona da seguinte forma. Na sexta feira anterior ao campeonato, acontece a pesagem onde é conferida sua altura/peso (depende da categoria). No caso na minha categoria: altura; biquini, sandália e maiores informações do grande dia. No sábado, quando chamada a categoria, são convocadas todas atletas, onde são feitos os desfiles individuais, poses compulsórias da categoria e 1/4 de voltas  (exigências para premiar os 3 primeiros lugares). Logo após, tem a avaliaçao overall (melhor atleta da categoria). Como a categoria é dividida em até 1,63 e acima de 1,63, pega-se as campeãs e fazem um confronto para ver quem será a campeã overall.

MEDIOPIRA - Foi a primeira competição em que participou ou teve outras?

MARIANA - Nao. Participei de duas. A estreantes onde fiquei em 3 lugar. E o mineiro onde fui campeã.

MEDIOPIRA - Você é patrocinada para competir ou banca tudo do bolso?

MARIANA -Na primeira competição, tirei tudo do meu bolso. Na segunda competição tive ajudas de algumas pessoas e empresas. Nao tenho patrocínio envolvidos na area. Mas tenho patrocínio do salão Studio Andrea Melo que cuida da saÚde dos meu cabelos, sobrancelhas e depilação facial. E unhas de fibra de gel da Danielle do salão Arrazus.

MEDIOPIRA - Você tem um treinador para lhe monitorar e tirar o seu melhor?

MARIANA -Sim. Meu marido é quem monta todos os meus protocolos e treinos.

MEDIOPIRA - Quais os critérios o pessoal utiliza para escolher as melhores?

MARIANA - Na minha categoria, as atletas deverão ter porte pequeno, leves marcações, abdômen marcado sem profundidade e glúteos trabalhados e tonificados. Serão considerado o conjunto com produção e beleza, poses compulsórias e 1/4 de voltas.

MEDIOPIRA - Qual o seu segredo para chegar ao corpo perfeito? Alimentação? Rotina de treinos?

MARIANA -Seguir dieta e treinar pesado. É o básico. Ter paciência com os resultados esperados. Constância sempre. Não desistir.

MEDIOPIRA - Vi no seu face que você desafia as pessoas e promete emagrecimento com poucos dias. É propaganda ou é real?

MARIANA - Real. Sou aquilo que falo e faço. Para você cobrar algo de seu cliente, você deve ser exemplo, caso contrário você não tem credibilidade para o mesmo. E quando eu falo com as pessoas que elas podem ter resultado com tão pouco tempo, elas podem. Porém elas precisam se dedicar ao máximo, seguir o que tem que ser feito, sacrificar um pouco e escolher o lugar certo para ser orientado da melhor forma.

MEDIOPIRA - Quais as próximas competições em que vc vai participar?

MARIANA -Como mudei de categoria, somente no ano que vem. Me preparar com calma, respeitando o desenvolvimento do meu corpo, priorizando sempre minha saúde.

MEDIOPIRA - Monlevade tem uma cultura Fitness? Acha que a cidade tá evoluindo nesse sentido? A juventude tá malhando e treinando mais?

MARIANA - Não tem, mas está criando. Vejo que a visão “ser saudavel”, buscar uma qualidade de vida melhor, tem sido um objetivo na população mais velha. Mas vejo uma juventude um pouco mais distante dessa realidade.

MEDIOPIRA - Agradecemos pela entrevista. Fique à vontade para deixar seus contatos e fazer o seu comercial -

MARIANA - Eu é que agradeço pela oportunidade. Quem quiser conhecer meu trabalho pode acessar minha página no facebook. É só procurar por Mariana Vasconcelos.  Se quiser também uma consultoria para modelar o corpo e ficar feliz com as suas formas, procure a gente no FIT TRAINNER STUDIO. Ligar (31) 99254-9134 - https://www.facebook.com/fittrainersf/

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

PHILL MENDES, O MAGO DA GUITARRA

Filipe Mendes também conhecido por Phil Mendrix celebrou no ano passado seus 69 anos de vida e 54 anos de carreira. Na palavra dos patrícios, trata-se " do mais virtuoso, psicodélico e caleidoscópico guitarrista português, uma autêntica lenda viva do rock'n'roll. Pois ele esteve no Brasil durante um tempo, viajando e tocando em festivais de música. E fez uma legião de amigos e tocou em Rio Piracicaba num festival histórico: o Rock Pira. Mas vamos à entrevista

MEDIOPIRA - Phil Mendes. É um prazer conversar com você. Sua presença no Rock Pira foi muito marcante.

PHIL MENDES. É mesmo? A gente como artistas nunca tem a dimensão da marca do som que a gente faz. Foi muito legal mesmo. Acho que o pessoal gostou por que na época não tava muito na moda guitarristas que solavam e eu gosto de improvisar.

MEDIOPIRA - O que você se lembra da época?

PHIL MENDES -  Me lembro do primeiro que foi muito no improviso, o que foi legal, numa quadra de colégio, a noite. Já o segundo, me apresentei de tardinha, no pôr do sol, fizeram o palco em cima de um forno antigo, ao lado de uma grande chaminé e com o rio ao fundo. O visual era muito bonito. O público era quente. Havia outras bandas boas também, cantando em português. Foi um festival muito bom aquele. 

MEDIOPIRA -Você em Portugal é quase um mito.

PHIL MENDES - O pessoal lá tem um carinho muito especial com a minha pessoa e sou muito grato a isso.

MEDIOPIRA - Mas conte pra gente como foi essa história. Como foi seu contato com a guitarra?

PHIL MENDES - Bem, eu comecei na música estudando piano. Mas quando fiz 14 anos meu avô me deu uma viola de presente e comecei a aprender e a tocar. Eu fiz um curso importante também no Chicago School of Music que abriu minha cabeça. Daí passei pra guitarra elétrica, que virou quase uma extensão do meu corpo. Nunca mais nos separamos.
MEDIOPIRA - Mas você depois formou bandas? Como foi?
PHIL MENDES - Eu tive uma trajetória muito rica. Minha primeira oportunidade foi em 1964 quanto estreei na Tv, no Festival YeYe. Ai criamos a banda Chinchilas, com Vítor Mamede, José Machado, Mário Piçarra e Fernando. Foi muito marcante por que fomos pioneiros no rock psicodélico português. O curioso é que a banda inicialmente se chamava  "Monstros".
MEDIOPIRA - E como surgiu o nome Phil Mendrix como é conhecido em Portugal?
Phil Mendes - É por que achavam que nosso trabalho era influenciado pela música dos Cream e de Jimi Hendrix. Isso foi tão forte que começaram a me chamar de Jimi Hendrix Português.  E já que comercialmente era interessante,   acabei por adotar. Isso devido aos improvisos nos solos de guitarra, que também eram a marca do grande Jimi Hendrix. Eu acabava tendo de tocar músicas dele nos shows, pois o pessoal pedia. E pra mim era uma honra tocá-las.
MEDIOPIRA - Mas vc só tocou no Chinchilas ou participou de outros trabalhos?
Phil Mendes - São décadas de trabalhos. O Chinchilas se dissolveu em 1971, mas continuei como Mendrix e emprestei o meu som a alguns projetos que ficaram na história do rock em Portugal. Também tive minhas incursões no cinema e em outras artes. E Tive a oportunidade também de tocar em diversos festivais, inclusive no Rock Pira aí na região de vcs.
 
MEDIOPIRA - E o que vc se lembra do Brasil?
PHIL MENDES - Me lembro de músicos talentosos, generosos e afetuosos. Eu cheguei a morar no Brasil, em Belo Horizonte e em São Paulo. Era muito intenso. O público viajava comigo na mesma vibe. E foi importante para compreender o legado português no continente sulamericano. Fiquei feliz em ver a mistura pacífica das etnias e a incrível musicalidade.
MEDIOPIRA - Se tivesse um outro Rock Pira você toparia tocar?
PHIL MENDES - Isso é um convite? Mas é claro que sim. Gostaria muito de um motivo para voltar ao Brasil. Seria uma grande honra. Vai ser quando?
MEDIOPIRA - Só especulando, Phill. Quem sabe a gente não viabiliza?
PHIL MENDES -  Espero que sim. Festivais como o Rock Pira são vitrines vitais para a música rock. Vou torcer para que consigam e podem contar comigo que estarei presente...
MEDIOPIRA - E você acha que o público está perdendo o interesse pelo rock?
PHIL MENDES - Eu acho que tudo é cíclico. As vezes um estilo se exaure. mas também pode se renovar. Parece que o Rock de hoje por exemplo não tem lugar pra longos improvisos de guitarra...é tudo muito urgente. Mas ainda tem quem goste. Então não vou me preocupar em agradar à nova geração. Vou fazer música para meu deleite e do público.
MEDIOPIRA - Obrigado, Phill. Agradecemos muitíssimo pela sua obra e por nos agraciar com a sua música abençoada. 
Essa entrevista simulada é uma homenagem póstuma ao grande Guitarrista e mago da guitarra Phill Mendes, que nos deixou essa semana e que foi o principal nome dos  Rock Piras que aconteceram em Rio Piracicaba nos anos de 80. Valeu, Phill. Você estará presente sim por toda eternidade na história do Rock Pira. E se conseguirmos viabilizar de novo, será o grande homenageado.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

ENTREVISTA COM A COACH PROFISSIONAL DRI JANZEN


O MEDIOPIRA dessa semana foi conversar com a Coach Profissional Dri Janzen ( Adriana Janzen).  Pra quem não sabe, Coach é o profissional que utiliza técnicas próprias para maximização da performance humana. Os Coachs utilizam ferramentas de desenvolvimento conhecidas como coaching para  apoiar o cliente e possibilitar que ele possa alcançar metas. É uma profissão que vem sendo cada vez mais utilizada nos meios coorporativo, esportivo e em todas as atividades onde se busque a melhoria da performance. Mas vamos à entrevista ...

MEDIOPIRA - Como é que vc despertou para o Coaching? Quando percebeu que seria a profissão da sua vida?

DRI JANZEN - Ainda quando atuava como gerente do Sebrae, eu já era conhecida por ser “aconselhadora”. As pessoas me buscavam e sentiam muita confiança em mim. Era uma troca muito boa e eu me sentia bem com isso. Percebi que poderia desenvolver este talento, e contribuir com outras pessoas e também ganhar a vida assim. Em 2016 iniciei minha jornada no  coaching , fiz todas as formações na área, incluindo um MBA ,além de haver passado pelo processo com uma Coach referência em São Paulo. Sempre entendi que para chegar ao ponto de desenvolver as pessoas eu precisava também estar desenvolvida e superar todos os meus comportamentos improdutivos. E foi assim que entrei na área!Meu foco,no entanto é o Business Coaching ou Coaching para negócios, onde atuo com pequenas empresas na área de planejamento estratégico e desenvolvimento de liderança.

MEDIOPIRA - Você também é palestrante, tem facilidade de se comunicar e gosta de compartilhar conhecimentos. Isso soma no seu trabalho de Coach?


DRI JANZEN - Com absoluta certeza!  As palestras são portas para o início do desenvolvimento humano. Ao ministra-las planto a semente da mudança comportamental e crio um ambiente de reflexão interna, onde o participante tem a oportunidade de se analisar sob outras perspectivas e buscar suas próprias respostas.  No geral, meus clientes chegam até mim após as palestras e workshops.

MEDIOPIRA - Há quem diga que o Coach é mais um modismo, como os personais trainers, treinadores, consultores, monitores e afins. Qual é o grande diferencial do Coach?

DRI JANZEN - Como você bem disse: há quem diga isso! Não só do coaching mas de outros profissionais. A verdade é que modismo tende a passar e voltar de tempos em tempos. Não acredito que essas modalidades, assim como o coaching sejam modismos, afinal de contas são profissões que já estão há tempos no mercado e trazem resultados comprovados. O importante é a escolha do profissional certo! Hoje em dia as pessoas tem acesso facilitado a qualquer tipo de formação, temos enxurradas de profissionais sendo lançados diariamente no mercado, com o coaching não é diferente. O primeiro passo é ter um Coach que realmente tenha a competência para fazer com que o seu cliente performe como nunca antes em sua vida! E respondendo de fato a sua pergunta, o diferencial do coaching é a busca das verdades que fazem sentido para o cliente!Não existe, ou não deveria existir, qualquer tipo de aconselhamentos ou dicas. O cliente encontra seus caminhos sozinho e é isso que dá sustentabilidade ao processo de mudança comportamental.

MEDIOPIRA - Em que campos o Coach é mais utilizado?

DRI JANZEN - O coaching é muito utilizado no meio executivo, porque de fato começou com esse segmento de profissionais. Entretanto, o coaching pode ser aplicado a qualquer área da vida. Como hoje a questão da saúde e do físico está muito em voga, o coach que auxilia no emagrecimento é uma área com muito destaque. Eu por exemplo tenho certificação para atuar em todas as áreas, mas o que eu amo fazer e é meu propósito de vida é desenvolver negócios, pequenos negócios! E ai o coaching trabalha comportamentos que auxiliam o empresário a aumentar sua visão empresarial e paralelamente trabalha os gaps encontrados no próprio negócio, como a melhoria de resultados financeiros, a otimização de processos, o desenvolvimento de times entre outros.

MEDIOPIRA - Pode-se modificar comportamentos negativos através do Coach?

DRI JANZEN - Esse é o foco do coaching: substituir comportamentos improdutivos, por outros que te fortaleçam e façam você obter mais resultados em sua vida.

MEDIOPIRA -  Como é a ação do coach no dia-a-dia dos clientes. O coaching tem ferramentas pra monitorar o cliente pra saber se ele está saindo da linha?

DRI JANZEN - O coaching tem técnicas cientificamente validadas que são aplicadas nas sessões, e quando bem aplicadas já trazem mudanças de pensamento imediatamente. Porém, mudar um comportamento ou um hábito é uma tarefa que exige muito empenho, e que você muitas vezes precisa de apoio e motivação, principalmente no início do processo. Meus clientes têm total acesso a mim nessa caminhada! Como ao fim das sessões os próprios clientes se desafiam com mudanças de comportamento, eu sempre peço que eles me demonstrem as ações que farão entre uma semana e outra. Assim eles se comprometem comigo, e isso gera mais responsabilidades.  E eu cobro!! Quando atendo um cliente, me envolvo muito com a satisfação dele e suas conquistas. As vezes preciso me segurar (risos).

MEDIOPIRA - Como o Coach pode ajudar uma pessoa a se preparar melhor para conseguir emprego?

DRI JANZEN - Existe dentro do coaching um processo focado em carreira. Ele trabalha vários momentos do profissional, indo desde o primeiro emprego até a aposentadoria. Esse tipo de coaching, chamado Coaching de Carreira, foca no desenvolvimento de competências que impulsionem profissionais na busca pela melhor colocação ou recolocação.

MEDIOPIRA - O Coach pode ajudar uma pessoa a se disciplinar e estudar o suficiente para passar em concursos?

DRI JANZEN - A autodisciplina é transversal ao processo de coaching! Eu já tive uma cliente que o objetivo era ter mais autodisciplina para estudar. Focamos nisso, e ela hoje é referencia em planejamento, organização do tempo, disciplina e foco, inclusive ajudando outros colegas nessa árdua enseada que são os estudos. Tem três filhos pequenos e é inclusive uma inspiração pra mim. Se chama Glenda. A rapidez com que ela mudou seu padrão mental, foi algo incrível!

MEDIOPIRA -  Existem coachs para famílias? Que estudam seus membros e desenvolvem programas para ajudar pais a melhorar a relação com seus filhos e discipliná-los para que também obtenham melhor performance na vida?

DRI JANZEN - Hoje existe Coach para tudo! Porque o processo cabe em qualquer área. O importante é sempre buscar referencias, e acima de tudo se sentir confortável com o profissional. Essa é uma relação de muita confiança para ambas as partes, e ter o sentimento de acolhimento é muito importante para a performance do cliente.

MEDIOPIRA - Você poderia citar algum caso de atleta que modificou seus hábitos pela ação de um Coach e que modificou profundamente a sua performance?

DRI JANZEN - Hoje em dia praticamente todos os atletas possuem um Coach de “cabeceira” risos. Eu inclusive fiz boa parte das minhas formações com Renee Simões, técnico de futebol muito conhecido. Ele é um coach esportivo e desenvolve muitos atletas, aliando seu profundo conhecimento técnico com todas as ferramentas do Coaching. Um exemplo de atleta é o Vitor Belfort, ele passou por processo de Coaching com o Vilella da Mata, que trouxe o coaching para o Brasil e é fundador da Sociedade Brasileira de Coaching.

MEDIOPIRA - Como tem sido a receptividade para o seu trabalho em João Monlevade? As pessoas conseguem entender o que é o trabalho de um coach?

DRI JANZEN - Na verdade eu ainda não divulguei o meu trabalho de forma massiva em João Monlevade. Estou aqui fazem 8 meses e as pessoas que chegam até mim, vem por indicação. Tenho muitos clientes de São Paulo e um Programa de Desenvolvimento de Carreira, que está em seu processo embrionário, tendo sido lançado em Ipatinga no dia 30/07 com seu primeiro módulo previsto para 22/09. Estou em busca de parcerias para a implementação deste programa aqui em Monlevade também. Como meu foco é empresarial, realizo palestras em parceria com a CDL e o Grupo Pensando Monlevade, e assim vou galgando meu espaço na cidade. Tudo é construído! E sou muito grata a Deus pelas pessoas que Ele coloca em meu caminho e que me apoiam. Acredito que o coaching precisa ser melhor conhecido, muita coisa desmitificada, não só aqui como em várias outras partes do país.

MEDIOPIRA - Deixe seus contatos para quem quiser interagir com vc e até contratar seus serviços.

DRI JANZEN - Eu tenho meus canais abertos para qualquer pessoa que queira conhecer mais do coaching e do meu trabalho, e até experimentar gratuitamente uma sessão. Minhas redes sociais estão em processo de redirecionamento estratégico, e em breve será lançado um canal no youtube. Apesar dos meus conteúdos serem voltados para o mundo empresarial, sempre trabalharei mudanças de comportamento. Então todos podem participar! Instagram e facebook: @newmecoaching - Site: www.newme.com.br - Whats: 11 98913 1106 



quinta-feira, 2 de agosto de 2018

A VOZ MARAVILHOSA DE JOÃO ROBERTO


O MEDIOPIRA dessa semana foi conversar com o cantor JOÃO ROBERTO, uma das vozes mais impressionantes do Médiopiracicaba. A primeira vez que ouvi o João Roberto cantando na banda Relicário, fiquei de queixo caído. Aquilo não era uma voz. No linguajar dos músicos, era um canudo de voz, uma potência muito acima da média. A banda era formada só por músicos excelentes, mas ele se destacava. É difícil encontrar um cantor com uma emissão vocal tão consistente. Muito tempo depois tive oportunidade de conhecer o seu trabalho com a dupla João Roberto e Ronivaldo. Altíssima qualidade. Como acompanho o cenário, estou sempre lendo notícias de seus trabalhos em várias frentes, seja como músico solo, com orquestra ou com músicos parceiros. JB é outro desses operários da música, que toca, dá aulas, faz de tudo um pouco, sempre com muita competência. Mas vamos à entrevista ...

MEDIOPIRA - João Roberto, o que vc ouvia na sua casa em sua infância?  O que seus pais ouviam?

JOÃO ROBERTO - Ouvi muito Jessé, Ney Matogrosso, Rafael Rabelo, Cantores de Ébano, Raul, Altemar Dultra, Djavan, Milton entre outros. Meus pais na verdade tirando Djavan que descobri sozinho foram os responsáveis pelos demais.

MEDIOPIRA - Como foi o seu despertar para música? Quando sentiu que tinha dom pra música?

JOÃO ROBERTO - Perdi a visão quase total na pré adolescência. Meu pai me deu um violão e me ensinou dois acordes e desenvolvi sozinho. E meus pais ficaram sabendo do coral da funcec o " Arte e expressão ". Me levaram pra fazer um teste,fiz e passei. E canto pela funcec desde 98.

MEDIOPIRA - Vc chegou a estudar música quando era mais novo ou é auto-didata?

JOÃO ROBERTO - Sou auto-didata, as revistinhas me ajudaram muito,kkk. Depois tive aulas com Zapata e Lauzin onde tive uma base mais sólida como violonista. Hoje estou terminando a faculdade " Licenciatura em Música" daqui um ano.

MEDIOPIRA - Você teve professores que o instruíram sobre técnicas vocais?

JOÃO ROBERTO - Na verdade não. Fui pelo processo de imitação. Um dos principais grupos que ouvi quando entrei no coral foi o A capella Company. Onde fui lapidando minha voz.

MEDIOPIRA - Vc participou de muitas bandas e formações musicais? Cite algumas pra nós.

JOÃO ROBERTO - Comecei com Arte e expressão em 98, logo em seguida fui descoberto por Lauzin no Grupo Encanto, um grupo vocal onde era tenor. Neste grupo Ronivaldo também fazia o mesmo naipe e me convidou pra trabalhar com ele. Assim surgiu a dupla Ronivaldo e João Roberto. Em 99 ainda fui convidado para ser solista da orquestra da funcec, onde permaneço até hoje. Tive fora por uns períodos por causa de trabalho mas, sempre retornando. Em 2005 se não me engano entrei no projeto da banda Relicário onde fui o cantor e violonista do grupo. Um momento de crescimento musical incrível. Depois que o grupo parou comecei no grupo Chora na Rampa. Grupo instrumental de choro onde toquei cavaquinho e cavacolim ( cavaquinho na afinação de bandolim) pois não tinha dinheiro pra ter os dois. Depois disso fiquei anos no grupo Enlace ( para cerimônia de casamento ) com Lauzin no violino e Alexandro Pastorino no sax e flauta. Hoje em dia continuo fazendo cerimonias de casamento mas com parcerias diversas dependendo da demanda. Hoje atuo muito com Samuel Dias ( violino) em vários eventos e também meu amigo Lorenzo Bandeira ( Saxofone).
Ronivaldo e João Roberto - uma dupla urbana.
MEDIOPIRA - Vc durante um bom tempo formou com Ronivaldo uma dupla muito aclamada. Mas atualmente tem atuado mais solo. Acabou o "casamento" ou q dupla pode retornar?

JOÃO ROBERTO - Sim foi meu maior aprendizado pois fazíamos de tudo. Casamento, festas, bares etc. Em 2010/2011 não tenho ao certo a data, Roni me informou que não iria mais continuar com a dupla. Não sei até hoje o real motivo ou se tem um motivo mas, simplesmente terminou. Ele continua com seus compromissos e da aulas de musicalização em São Gonçalo, onde também sou professor no ensino fundamental 2 desde 2011. Já tivemos momentos em tocamos juntos depois disso mas não falamos nada sobre um retorno. Da mesma forma que na ultima primavera do século xx nos encontramos quem sabe nos unimos novamente em outra primavera.

MEDIOPIRA - Vc hoje está atuando como cantor da Orquestra da Funcec. Como está esse trabalho?
Com a Big Band Funcec.

JOÃO ROBERTO - O trabalho tem sido gratificante. Estamos numa turnê de 20 anos da orquestra. Dia 14/08 estaremos em Dom Silvério e mês que vem temos Caeté e São Domingos do Prata. É um momento único cantar acompanhado por essa turma.

MEDIOPIRA - Vc é um sujeito que trabalha muito. Toca na noite, tem esse trabalho com a FUNCEC, toca em casamentos e recepções, dá aulas. Dá pra sobreviver com a arte?

JOÃO ROBERTO - Bem! Hoje pela quantidade de eventos que tenho se fossemos só eu e esposa daria sim. Mas, tenho um filho de 12 anos e um de 3 e pra ter uma vida um pouco melhor tenho um cargo de 40h por semana como professor. Infelizmente não daria pra manter isso só com a música. Estou perdendo a visão novamente e tenho que fazer três cirurgias pagando 7 mil cada. E pra juntar essa grana estou dobrando tudo. Pra dar conta de fazer. Dia 10 agora faço a primeira e em seguida inicio o junta junta pra operar novamente.

MEDIOPIRA - Vc também é compositor, já tendo participado de Festivais de Música.  O que acha dos festivais?
No projeto Prata da Casa.

JOÃO ROBERTO - Acho fantástico a oportunidade de viver um festival. Fico pensando como algo tao cultural possa estar sumindo tanto em nossa região. Sempre que tenho oportunidade participo. Criei um festival da canção na escola onde trabalho o Fest Cesgra que teve sua quinta edição em junho deste ano. E vejo o desenvolvimento ano a ano dos meus alunos e que tem seu momento profissional com a música. Espero que em João Monlevade com a vinda do Bicentenário Jean de Monlevade faça com que a cidade mantenha viva esse fonte cultural.

MEDIOPIRA - Qual o tipo de trabalho musical que vc ainda não encarou mas tem vontade de encarar?

JOÃO ROBERTO - Acho que de concertista de violão. Trabalho com instrumental a muito tempo mas não cheguei em um nível que eu me aceite como tal. Quem sabe agora formando na área me sinta mas a vontade quanto a isso.
Formando novas gerações de músicas

MEDIOPIRA - O que vc pensa sobre o funk, o sertanejo e os ritmos popularescos?

JOÃO ROBERTO - Acho que tem lugar pra tudo e pra todos. Só não aceito o conteúdo utilizado hoje em dia. Onde não posso deixar meus filhos a vontade pra curtir esses estilos sem antes verificar. Passou do ponto! E o pior é que vejo na boca do povo todas elas. Se a mídia tocasse qualquer outro gênero como estes são tocados ele também seria sucesso. Infelizmente a mídia não vê vantagem nas letras que trazem uma informação, um sonho... Quero voltar a ouvir este tipo de músicas nas rádios. Ainda bem que pude viver tudo isso, e fico triste por ver o caminho que esta sendo traçado. Meus filhos tem a oportunidade e meus alunos também pois coloco a prova a todo momento.

MEDIOPIRA - Como você avalia o comportamento do público? Há quem diga que as pessoas estão sumindo da noite e ficando mais em casa, onde tem entretenimento com conforto e ainda fogem da insegurança. Como fazer pra convencer o povo a frequentar mais os eventos culturais?

Com o amigo Tupete de São Gonçalo
JOÃO ROBERTO - Ainda temos um público que pensa em curtir o conteúdo das músicas e do artista. Fiz um show mês passado na Estação 59 ( lugar impar, de voltar aos tempos da noite), e ne peguei pensando: o que tocar? Já estou sem fazer var a um tempo por causa disso. E pensei: vou mandar o que sei que é a tradicional de boteco. Samba, MPB, pop nacional e internacional de 90 pra baixo. Tirando Vander Lee, Lenine e Jorge Vercilo que são um pouco mais jovens pra mim. E a questão da insegurança ao sai existe mas quando se tem algo de qualidade e lugares onde se sabe que quem esta ali busca o lazer e a boa música se tem a segurança de se sentar ao lado de um desconhecido sem medo.

MEDIOPIRA - Quais são os seus projetos no curto e médio prazos? Tem projeto de autorais? De um CD ou clip?

JOÃO ROBERTO - Tenho vontade de fazer clip de alguma de minhas músicas. Sempre pensei nisso mas, com o gênero em alta hoje não animei a criar algum projeto. Mas depois da aceitação do público ao meu repertório mês passado reacendeu a vontade de tentar algo.

Muita qualidade nos casamentos.
MEDIOPIRA - Deixe seus contatos para quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do João Roberto - fale um pouco sobre sua agenda primeiro...o que vem por aí...

JOÃO ROBERTO - Dia 04 - Festival Jean de Monlevade, dia 11 Casamento em Monlevade; Dia 14 estarei em Dom Silvério com Orquestra;  18 e 25 casamentos. E em setembro agenda cheia com a Big band e os casamentos -Telefone pra contato (zap) 986296807 e vcs me encontram no YouTube com alguns videos para conhecer um pouco mais. Desde já agradeço a oportunidade e fico feliz em poder fazer o que amo. Pude juntar isso ao meu trabalho formal ( sou professor de música na rede municipal de Sao Gonçalo) e sou muito feliz assim. Hoje moro ao lado da escola pra fugir da estrada pois foram anos indo e voltando todos os dias.