sexta-feira, 15 de abril de 2016

SILVANA E A MÁQUINA DO TEMPO

Conheci Silvanna nos Festivais de música dos anos 80. Desde então acompanho sua carreira. Admiro essas pessoas destemidas, que pegam e fazem, que tem coragem, que não tem medo de mudar, de encarnar personagens, de desafiar o conservadorismo interiorano e botar o pé no mundo. Silvana talvez seja a artista do Médio Piracicaba que mais desbravou o Brasil fazendo música. Como vocês perceberão na entrevista, já viajou o Brasil de cabo-a-rabo encantando as multidões. Silvana é artista operária, pau pra toda obra, popular, inteligente e ousada. Ao mesmo tempo que tem experiência, traz no olhar a inocência interiorana e a simplicidade dos artistas de verdade. É o que você confere a partir de agora na entrevista para o MEDIOPIRA.


1)      - O que você ouvia na sua infância em S.D.do Prata?

Nasci em São Domingos do Prata, mas fui morar em Ilhéus do Prata(distrito),e lá passei a infância ouvindo Nalva Aguiar, Trio Parada Dura, Almir Rogério, Gino e Geno, Tonico e Tinoco, através do meu pai que ouvia muito sertanejo e tocava acordeon pra gente cantar .

2)      - Como foi a sua iniciação musical?

A maior parte da infância foi em Ilhéus, mas anos depois, de volta ao Prata onde passei parte da infância e adolescência, comecei a cantar no coral da igreja. Dos 10 aos 14 anos estava lá cantando nas missas. Nessa época já não ouvia apenas as músicas dos discos do meu pai. Comecei a ouvir rádio, ver clips na tv e fui descobrindo Rita Lee, Roxette, The Police, Kid Abelha,Led zeppellin, Yes, Madonna, Michael Jackson, etc. Gostava muito de cantar em casa, cantava o tempo todo.

3)      - Você chegou a participar de festivais de música?

Aos 15 anos já começando a compor minhas próprias músicas me inscrevi no festival de música da cidade, escondido dos meus pais, pois sabia que eles jamais me deixariam participar, mas consegui me apresentar e fiquei em terceiro lugar. Com o prêmio comprei meu primeiro violão e dai não parei mais! Depois de ter conquistado o terceiro lugar nesse festival  com a música `Máquina do Tempo`, montei uma banda de rock na cidade com este nome e comecei a fazer shows na região. Aos 17 vim pra BH e comecei a cantar em barzinhos, e participei uma boa temporada do extinto programa Ò POVO NA TV` com Dirceu Pereira na Tv Alterosa.

4)      - De quais banda participou? Dá pra citar algumas delas?

Em dois meses que já estava em BH entrei numa banda baile, Banda Sollar, e ali fiquei por 4 anos viajando pelo Brasil cantando em vários estados, ficávamos meses em Mato Grosso, Bahia, Ceará, fazendo temporadas ! Minha maior escola foi  essa banda onde comecei a cantar de tudo e não apenas  rock. Depois  participei da banda Mad Marx que misturava rock alternativo com eletrônico,e letras  de Marcelo Dolabela. Mas depois reativei a Máquina do Tempo que esteve adormecida por quase 5 anos  e está ate hoje na ativa além de Banda Medusa que é minha banda baile e também continua em atividade.

5)      - Tem noção de quantas cidades já tocou? Em quais estados?

Não tenho certeza, mas em tantos anos na estrada creio que em umas 5 mil cidades. No Brasil só não cantei nos Rio Grandes do Sul e do Norte.  De Santa Catarina ao nordeste cantei em todos os estados. E Já tive vários convites pra cantar no exterior, como Nova York, Boston, e temporada em navio na Europa, mas não tive como ir, pois tinha de cumprir a agenda daqui que estava sempre lotada.

6) - Você já se apresentou em todo tipo de espaços. Desde churrascarias até mega-palcos pelo país afora. Qual foi a maior e a menor estrutura em que se apresentou?

Já cantei em palcos de todos os tipos, em feiras agropecuárias de grande porte, abrindo shows de sertanejos famosos no mesmo palco, mas a maior estrutura que tive a chance de cantar foi na praça da estação em BH ,num evento da rádio BH FM junto com vários artistas de renome nacional e internacional como Latino, Alexandre Pires,e Double You ! Eram umas 50  mil pessoas, e eu também fui atração  por causa de  minha música” ìf you walk away`”que estava na programação das rádios mineiras. Foi inesquecível pra mim toda aquela multidão cantando minha música. A menor estrutura creio que em barzinhos, onde não tem palco, canto junto das pessoas, mas é muito gratificante também pois, pela proximidade percebo muito mais o carinho das pessoas com o meu trabalho. Fora isso já cantei muitas vezes em caminhão, em palanques caindo aos pedaços por ai! Faz parte!

7) - Você já fez cover da Madonna em uma fase de sua carreira. O que acha dos covers?

Eu sempre fui muito fã da Madonna, quando a vi na tv pela primeira vez, disse pra mim mesma que era o que queria fazer na vida, ser que nem ela, coisa de adolescente né? Mas como sabia todas as músicas, pintei o cabelo de loiro e comecei a fazer cover dela aqui em BH nos bares e boates, no Teatro Francisco Nunes lotando todos os shows, dando inclusive alguma repercussão na mídia local em tv, jornais, etc.! Aproveitando o auge de sua fama ,viajei por Minas e pelo Brasil fazendo cover dela. Mas minha preocupação era ficar parecida na voz. Um cover perfeito com a voz parecida acho bacana de se ver.

8) - Você também já se arriscou no terreno autoral. Conte pra nós essa experiência.

Sim, sou compositora. Ainda guardo meu caderninho com umas 300 músicas autorais. Gravei um vinil (LP) independente em 93, pop dance, com músicas próprias e 2 regravações. Em 98 tive três músicas tocando muito nas rádios mineiras, e era apenas uma demo, que repercutiu muito e acabei assinando com o selo  Pride Records, uma gravadora independente de São Paulo, lançando um cd em inglês e espanhol intitulado” Syl”!O cd tocou muito quando era uma demo. Quando a gravadora entrou no negócio as rádios travaram as músicas ,querendo o famoso “jabá”. Mas  a gravadora era pequena e não tinha como bancar o esquema. Depois disso gravei mais um cd de dance e pop romântico em 2008,  misturando regravações e autorais. Também tive um projeto  sertanejo por dois anos ,lançando um cd e dvd,’Silvanna e os Cowboys”gravado no Prata ,e fiz bastante shows com este trabalho. Na época a internet não tinha tanta força, senão creio que a história teria sido diferente! A internet ajuda muito se vc souber usufruir dela!

9) - Quais os seus projetos hoje em dia? Está com quantas bandas e trabalhos pessoais?

Hoje em dia  estou com quatro projetos em atividade! Silvanna e a Máquina do Tempo – shows solo  em barzinhos, festas particulares, ou com a banda completa em  casas de shows,e  festas temáticas flashbacks anos 60,70,80,etc. Banda Medusa: banda baile 12 pessoas para formaturas, festas de cidades, carnaval, réveillon, etc Grupo Top Class: quarteto para casamentos, eventos empresariais, confraternizações. eventos em geral Virô Balada: quinteto de 3 cantores e dois músicos,show eletrônico para casas de shows,praças ,etc.

10) - O que projeta para um futuro  próximo? Novos Cds? Shows? Dvd? Internet?

Quero dedicar ao meu novo projeto  o“VIRÔ BALADA”,um projeto eletrônico onde pegamos hits  de sucesso do passado e do momento de qualquer estilo e transformamos em dance eletro funk melody! Já fiz alguns shows, mas ainda estamos produzindo o repertório! Pretendo fazer um clip e lançar um canal na internet! Mas enquanto o virô balada não engrena, a máquina do tempo não para! Graças a Deus eu tenho muita energia e capacidade e sempre gostei de  tocar vários projetos ao mesmo tempo!

11) - Qual a sua relação com a sua cidade natal? São Domingos do Prata reconhece o seu trabalho?

Tenho parentes e amigos lá,é minha cidade que amo muito, mas na verdade eu canto em toda região, menos no Prata! Canto em Dom Silvério sempre, Bela Vista , Alvinópolis, em João Monlevade sempre me apresento, seja em festas particulares ou em casas de show como o Kissussegu, mas no Prata não tenho participado das festas, nem mesmo da festa da cidade. Uma pena, pois tenho público lá que me pergunta nas redes sociais quando irei ,mas como falei shows pra mim não falta, faço uma média de 20 shows por mês com meus projetos!


12) - Deixe seus contatos para shows, sites, redes sociais, etc...

Meu facebook é SILVANNA MARTINS
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