Na edição de
retrospectiva, procuramos pinçar uma pergunta interessante de cada
entrevistado, compondo um mosaico do cenário atual. Agradecemos a generosidade
de todos. Que o mediopira continue produzindo muito aço, muito minério e principalmente arte e cultura. Muito obrigado pela atenção de todos. E continuem com a gente em 2017...
CARLA LISBOA - Amor. Parece simples, mas
infelizmente são raríssimas as pessoas que realmente colocam PAIXÃO no que
fazem, digo isso não apenas na área cultural. E se tratando de cultura especificamente,
que é tão pouco valorizada principalmente em nossa região, se não amar o que
faz, você não vai muito longe. A arte pra mim é como um órgão vital, como o
coração, aliás, como o pulmão, sem ela eu não conseguiria nem respirar.
MEDIOPIRA -
Você também toca música popular, cantando ou acompanhando outros artistas ou
foca apenas no violão clássico?
AULUS RODRIGUES - É quase impossível encontrar um violonista clássico que
não toque ao menos um pouco de música popular, especialmente
em um país como o Brasil, que tem uma cultura popular tão rica.
Souldusamba - O segredo é sermos extremamente interativos, é darmos o
tom e deixarmos a galera cantar. Se colocarmos uma musica e o povo não cantar,
se não funcionar, tá fora.
MEDIOPIRA - Vocês integram uma banda de rock pesado
que foi na contramão das outras bandas do gênero ao compor suas músicas em
português. Até que ponto isso prejudica ou beneficia vocês?
BANDA CONCRETO : É muito
difícil cantar rock pesado em português sem soar piegas, mas é o que sai da
gente. Não direcionamos nada, apenas deixamos fluir sem amarras. Mas cantarmos
praticamente só em português acredito que nos torna diferentes.
MEDIOPIRA - Você já se apresentou em todo tipo de espaços. Conte um
pouco dessa história pra gente.
SYLVANNA
MARTINS - Já cantei em feiras agropecuárias de grande porte, abrindo shows de
sertanejos famosos, também em caminhão ou palanques caindo aos pedaços,
churrascarias, clubes ou em barzinhos onde muitas vezes não tem nem palco, mas canto
junto das pessoas. É muito gratificante pois, pela proximidade percebo muito
mais o carinho das pessoas com o meu trabalho
MEDIOPIRA - Você fez parte daquela geração de cantores como Agnaldo Rayol, Odair José, Antônio Marcos, Fernando Mendes. Você se considera brega? Tem algum problema com o rótulo?
MARCIO GREYCK -Aprendi a não crer nos rótulos e a
deixar que o próprio público defina o que é ser brega ou não. Não tenho
preconceito algum com esse estigma e parto do principio de que é popular!
CHICO FRANCO - Arte pela arte. Popularesco já temos
muitos que figuram ai em duplas, que estão todos os dias nas telas da
televisão, que atormentam nossos ouvidos nos carros de som, enfim, precisamos é
de novos Grande Otelo, Paulo Autran, Bibi Ferreira, Tom Jobim e outros
tantos para purificarem esses ares que estamos respirando ultimamente.
MEDIOPIRA - Os itabiranos preferem trabalhos cover ou autorais?
Marçal JR- Aqui não difere do contexto. Acho que a proporção é de 90% de covers contra 10% autoral. Infelizmente.
MEDIOPIRA - Os itabiranos preferem trabalhos cover ou autorais?
Marçal JR- Aqui não difere do contexto. Acho que a proporção é de 90% de covers contra 10% autoral. Infelizmente.
MEDIOPIRA- Muitos encaram a arte como hobby, não
como profissão. O que você tem a dizer sobre isso?
Alesandra Alves -Como profissão, como hobby, como terapia, para embelezar, para encantar, para não enlouquecer. Não importa o motivo, causa ou razão. O importante é fazer Arte.
Alesandra Alves -Como profissão, como hobby, como terapia, para embelezar, para encantar, para não enlouquecer. Não importa o motivo, causa ou razão. O importante é fazer Arte.
RAPHAEL
GODOY - A gente já brigou mais, mas recentemente temos andado bem um com o
outro. Por mais que eu me aproveite de histórias, verdades e sentimentos de
outras pessoas, quem lê, acredita que aquele é o sentimento do Raphael e não
daquele personagem inventado para escrever aquele soneto..
MEDIOPIRA -Você acha que a internet ajuda ou atrapalha o artista?
IGOR VENAL - Sem a internet sequer teríamos lançado
nosso Single. Devemos tudo à mídia virtual.
MEDIOPIRA - Já vi vocês cantando temas filosóficos, espirituais, políticos. O que o Djambé quer gritar pro mundo?
BANDA DJAMBÉ - Cada um de nós tem um papel fundamental pro mundo ser um lugar melhor, de paz, ou o inverso. E pra isso precisamos reconhecer quem somos na essência e o que nos foi imposto culturalmente e romper com isso. Você importa! Revolucione-se!
BANDA DJAMBÉ - Cada um de nós tem um papel fundamental pro mundo ser um lugar melhor, de paz, ou o inverso. E pra isso precisamos reconhecer quem somos na essência e o que nos foi imposto culturalmente e romper com isso. Você importa! Revolucione-se!
MEDIOPIRA. Ainda pintam aqueles
sujeitos que gritam “ Toca Raul” depois de cada música?
MIKE
SANTOS - “Toca Raul” continua sendo um mantra na noite, que toco com prazer. São
sagrados os pedidos. Geralmente em apresentações menores, sou 100% levado pelo
público do dia.
MEDIOPIRA – Você trabalha hoje mais com a música sertaneja, que domina o
mercado. O que acha da MPB?
MARY EVENTOS - A MPB é uma
mistura de vários estilos e tem público específico. É sem dúvida uma escola
para os demais ritmos.
MEDIOPIRA - Quando foi que você chegou a conclusão
de que seria cantora, que seu dom iria virar profissão?
CAMILA
CALAIS - Desde o primeiro momento já me sentia como se as musicas que eu
interpretava precisassem de mim da mesma forma como que eu necessitava delas.
WIR
CAETANO -A arte já respondeu com vigor à muitos tempos duros, e acho que
continuará a responder como se deve. Sempre é possível surgirem entraves à
livre expressão, mas resistência também sempre acontece, com maior ou menor
intensidade.
MEDIOPIRA- Percebi no NA LAJE 67 uma coisa que
extrapola as preocupações normais da maioria dos bares, de oferecer climas,
atmosferas, música diferente. É viagem minha?
NA
LAJE - De forma alguma. Nossa maior preocupação é de criar um clima único, e
para isso utilizamos da decoração, luzes, música, para despertar sensações
diferentes nas pessoas. A ideia é personalizar o ambiente, trocando os móveis
de lugar de acordo com as reservas realizadas, alterar a decoração de acordo
com a temática da noite.
MEDIOPIRA -Você certa vez sugeriu a “baianização” da música itabirana,
tentando juntar a turma pra criar uma cena poderosa e focada. Deu certo?
CLEBER CAMARGO - Com os baianos e com
os ipoemenses, precisamos aprender a arte da união e da generosidade em torno
de um ideal que seja coletivo. Há muita semente pra plantar. Há mais frutos pra
colher do que a gente possa imaginar.
MEDIOPIRA
– Já tive oportunidade de vê-lo em ação. Você é paizão, mas rigoroso. Como é
que é isso?
Mestre
Junei - Sou
apaixonado pela música e gosto muito de ensinar. Sou muito, muito, muito
rigoroso porque acredito que sem disciplina não tem aprendizado. Mas sou
coração mole, rs.
MEDIOPIRA – Há alguns anos a meninada quando
chegava à adolescência queria tocar numa banda de rock ou jogar num time de futebol.
O que a galera nova quer hoje?
Lutécia
Espeschit- Iphone, rsrsrsrsrs.